domingo, 26 de junho de 2011

O estranho

Boa noite pequeninos... eu comecei a escrever uma história, que ao meu ver é bem interessante, mas gostaria da opinião de vocês... Como só escrevi o primeiro capítulo, vou postá-lo e deixar uma enquete pra saber se devo continuar a história ou não... A enquete terminará mês que vem, e se a resposta for sim, eu postarei o segundo capítulo... Caso não gostem, colocarei outra história e vai ser o mesmo esquema, enquete, resultado, continua ou não... Se eu ver que escrever não é o meu futuro eu paro de atormentar vocês...rs
O nome da história é "O estranho" e terá no máximo 5 capítulos, onde no decorrer dessa história toda eu deixarei ou não vocês escolherem o final... Se gostarem da história os post podem ser semanais (aproveitando meu período de férias, rs)... Boa leitura...




Capítulo 1 - O despertar
Tum, Tum, Tum...
O som do meu coração foi o primeiro sinal de que eu estava vivo. Minha cabeça doía como nunca, o que me era muito estranho, pois não me lembrava de sentir dor de cabeça antes.
...
Aliás, eu não me lembrava de nada antes de despertar com a batida constante do meu órgão vital. Tentei mergulhar em meus pensamentos, mas não encontrava sequer uma informação. Nada que pudesse me dizer quem eu era ou como cheguei nesse lugar.
Além dos sons originados pelo meu próprio corpo, eu ouvia pessoas ao meu redor. Pessoas discutindo, outras rindo e festejando algo que eu não sabia o que era. Eles falavam em uma língua desconhecida, pelo menos desconhecida pra mim. Não era parecido com o inglês, nem com o francês, ou coreano, nenhum som me era familiar. Eu gostaria que alguém falasse português para eu saber o que estava acontecendo ali.
Não abri meus olhos. Meus músculos, cada um deles, doíam tanto ou mais que minha cabeça. Eu não conseguia me mexer, nem um músculo sequer. Parecia que meu cérebro não estava na mesma sintonia que meu corpo. Senti uma pequena dor em meu braço, seguido de um desconforto na garganta. A dor em todo em meu corpo era tão grande que eu demorei para perceber que havia uma agulha em meu braço direito e um tubo, provavelmente para me nutrir, em minha garganta.
Minha sanidade me acertou como um carro batendo contra um muro. Mesmo não sabendo quem eu era ou o que eu estava fazendo lá, eu pensava de modo coerente, sabia os nomes dos objetos em contato comigo e conhecia bem uma língua. Eu estava enfim acordado, mas mesmo assim não ousava abrir meus olhos. Sabia que estava sendo observado, e esperaria até ficar sozinho para arriscar uma olhada ao meu redor.
O tempo pareceu demorar anos, mas enfim várias pessoas começaram a sair de onde eu estava. Quando o barulho do meu coração foi interrompido somente pelo som da minha respiração, eu abri meus olhos. A luz me cegou e eu rapidamente os fechei. Tentei de novo, mas mais devagar, e fui me acostumando com a luz em meus olhos.
Os feixes de luz entravam pela janela e iluminava o lugar onde eu estava. Era muito diferente do que eu esperava, mesmo não me lembrando do que eu esperava. Eu não conhecia as inúmeras máquinas que estavam ao meu redor. Nada me parecia familiar. Olhei para meu braço, e como desconfiei uma agulha estava fincada em uma de minhas veias transportando um líquido azul marinho pra dentro de mim.
O tubo em minha garganta me incomodava cada vez mais desde que recobri minha consciência. Tentei movimentar minha mão, mas não tive sucesso. Eu não estava paralisado, apenas não sabia como mexê-lo, percebi logo. Demorei alguns minutos e assim que mexi um dedo voluntariamente, consegui mexer todos, e logo estava com certa precisão em meus movimentos. Quanto mais eu me movimentava, mais preciso eu ficava nos movimentos, e numa velocidade assustadoramente rápida. Em apenas meia hora, tinha total controle de todo meu corpo.
Segurei firme o tubo que invadia minha garganta. Tentei afastar a terrível sensação de sua retirada, e puxei o tubo devagar. Um alarme não muito alto, mas incômodo, soou me deixando um pouco irritado. Puxei a agulha presa em meu braço, e abduzi meu braço para estancar o sangramento. Tentei me colocar de pé, mas não consegui ter equilíbrio para me manter em pé, caindo pesadamente no chão. Me segurei na cama, e tentei me levantar novamente. Assim como o controle dos meus músculos, não demorei para ficar de pé e andar normalmente.
Comecei a explorar o quarto em que eu estava. A cama era pequena e cilíndrica. Os equipamentos ao lado da cama eram brancos e pareciam complexos. A janela oval era grande e sua luz iluminava o quarto totalmente. Fiquei boquiaberto ao ver a janela. Uma grande cidade altamente arborizada se abria na janela. Prédios altos e esguios costuravam as árvores. Não haviam animais na paisagem, nem pássaros, nem cães, nenhuma vida visível além da vegetação e das pessoas. Um fato me passou despercebido nos primeiros segundos, mas assim que notei, fiquei paralisado.
Todos são negros!
Olhei pro meu braço, eu era branco, claro demais até mesmo para os padrões brancos. Como eu sabia quais eram os padrões de coloração de pele? As informações vinham na minha mente em alta velocidade e eu não sabia de onde aquelas informações vinham ou, na grande maioria das vezes, o que aquelas informações significavam. Olhei para a janela novamente. Todas as pessoas eram negras, não morenas, mas negras. Eu sabia que haviam pessoas negras daquele jeito, mas não em tão alto número. Novamente, outra informação sem sentido pra mim.

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